terça-feira, 7 de outubro de 2014

Sindicato dos empregados dos Correios faz denúncia do uso político da estatal no Mato Grosso


Sindicato dos empregados dos Correios faz denúncia do uso político da estatal no Mato Grosso
By: Francisco Castro on 19:14 / comment : 0

O sindicato dos servidores dos Correios em Mato Grosso protocolou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) uma denúncia contra o diretor da estatal no estado, Nilton Nascimento. O sindicato pede que sejam apuradas denúncias de suposto uso da máquina pública, abuso de poder e intimidação. No fim de setembro, Nascimento enviou cartas aos funcionários pedindo votos para Dilma e para candidatos do PT e do PR no estado.

De acordo com os sindicalistas, 1.678 funcionários da empresa receberam  indevidamente as cartas de Nascimento. O sindicato diz que Nilton Nascimento usou, de maneira irregular, o banco de dados funcional dos Correios para enviar as correspondências.

“Pedi seu voto em 2010 e conquistamos muito com isso, por isso volto a pedir seu voto”, escreveu Nascimento na carta endereçada aos funcionários. “Agora o Brasil precisa avançar mais e somente o governo Dilma (…) poderá ampliar os programas sociais e econômicos e fazer o melhor para sua gente”.

O sindicato denuncia ainda que o valor cobrado pela postagem custou menos da metade do valor devido. “As cartas foram enviadas com três selos de R$0,20, quando deveriam ter custado R$1,30”, afirma o presidente do sindicato, Edmar Leite.

Outro ponto que chama atenção é a velocidade na entrega das cartas. Leite diz que as correspondências foram entregues “em velocidade superior ao do Sedex”.

A assessoria de imprensa dos Correios em Mato Grosso negou as irregularidades. “Foram enviadas apenas 670 malas diretas locais e estaduais, para pessoas conhecidas de Nilton do Nascimento”, diz a empresa em nota. A assessoria informou ainda que o diretor regional enviou as cartas “na condição de cidadão”, com a postagem paga com dinheiro próprio. “O preço de cada unidade variou de R$ 0,77 (estadual) e R$ 0,72 (local)”. 

Por Rodrigo Vilela, do Diário do Poder

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